plantou, colheu.

Pela primeira vez eu me sinto leve, com pensamentos leves e sabendo que o que mais me atormentava foi embora. Quero entender. Sim, ainda quero entender muitas coisas, as dúvidas existem e eu pergunto mesmo. Espero respostas que nunca vêm agora, mas que chegarão por algum meio, certeza. Um olhar, aquele olhar unido ao balançar das pernas, a inquietação, o amor transparente, esta é a melhor resposta. É nesta hora que gosto de ser perceptiva. Volto a dizer: pode parecer que não, mas estou tranquila. Estar tranquila não indica que não tenho ansiedade, que não preciso ouvir e ler você. A falta de argumento para perguntas simples, me prova o quanto o caminho está confuso. Loucura, se assim quiser dizer. As borboletas mudaram de rumo, a margarida tão linda, desabrochou e murchou. Não tem mais a doçura de antes mas continua lá. O coração palpita forte quando penso que algo pode me machucar mais. Mais? É. Há a possibilidade. E eu não quero isso. Nunca quis. Qual pessoa gostaria de sofrer? Nem os que dizem que gostam não topariam. O tempo é curto demais. Procuro a alegria de um sorriso amigo e sincero. Diga a verdade sempre. Mesmo que doa, diga. Ela é bálsamo. Sempre. Não vou chorar. Não vou. A tristeza que me invadiu e que deixa tantas pessoas (maldosas) felizes, não será expressa em lágrimas, nem em música, nem em quadros. Ela está arquivada. E chegará o dia que a pessoa olhará para trás e verá que todo o sonho mal sonhado se despedaçou e, quebrado, não tem nem terá valor algum. E perceberá, no tempo oportuno, que fez sofrer quem mais amou e, em troca, ganhou solidão.