"Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
esperando a resposta ao que chamo de amor".

segunda-feira, 3 de maio de 2010

o que eu me imagino

Enquanto não chega o dia em que as flores aparecerão em minha janela, as portas todas se abrirão, o vento soprar dentro de mim, o caos se transformar em areia, a prata se misturar com o ouro, a lata enferrujar madeira, o sorriso morrer de tédio, vou me aproximando do mar. Este acalanto sereno, com sombras brancas e visões agradáveis. Um som maduro, piano e silêncio, pandeiros e livros, montanhas e vales. Um precipício. Início do fim e do recomeço. Um mar sem fim porque ele acalma. Amores e amores e ondas de calor. Margaridas enfeitam o jardim e pedras estão dentro de mim. Quem me dera poder ter a tua sensibilidade e saber ouvir o coração. Saber olhar em seus olhos tão lindos e me ver neles. Eu não sei. Não sei de nada. Continuo sem saber e sem querer saber. A fuga é necessária. Mais do que o querer. A fuga do coração deste solo, dos passos cansados em direção ao horizonte porque lá não 'existe um lugar bonito e tranquilo pra gente se amar', lá existe o inexistente. E é isto que eu busco: o invisível aos olhos que cala o coração e produz felicidade.
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Te ver sorrir é meu maior presente.

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