"Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
esperando a resposta ao que chamo de amor".

domingo, 4 de abril de 2010

MIL-TONS

Eu chorei. Chorei pouco. Não gosto de chorar muito. Aliás, não gosto de chorar.
Quando eu cheguei eu avisei: "Se tocar a tal música, eu vou chorar. Certeza." E o show estava muito lindo, tanta gente assistindo, tantas pessoas talentosas cantando, e eis que chamam: Fulana e Ciclana cantam AQUELA!!!! Meu coração parou naquele momento. Eu pensei: "é agora!" A minha amiga que estava do meu lado direito disse:"É agora que você vai chorar, né? Não chora não. Seja forte!" Que fortaleza o quê!!!!?? Eu desabei (discretamente, lógico) assim que elas começaram a cantar. A lembrança doi e corroi. Cada frase da música me fazia recordar algo que não saiu nem sairá. Está adormecido. No fundo do fundo, do fundo da gaveta da memória. Parado. Num lugar chamado Nada. Onde tudo acontece e ao mesmo tempo nada acontece. Rastros e fatos antagônicos que me perseguem, que me deixam assim. Estou bem. Com o coração calmo, tranquilo, sem expectativas, sem esperanças, sem alegrias e, o mais importante, sem ansiedade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tristesse

ítalo puccini disse...

a música faz dessas coisas mesmo :)

Simplesmente Outono disse...

Não quero saber onde estou com isso acontece. E assim como você dou vazão ao choro.
Tenho um par de ombros à tua disposição, já devia saber disso, dona moça!