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Trazia no peito a marca de um amor não duradouro
Corria os dedos no caderno e o lápis era a companhia
Corriqueira do dia a dia.
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Inventava versos de palhaços, carros e armários
Fincava o pensamento nas linhas
E por ironia as sentia
Na espinha.
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Queria deitar no colo dele como se fosse um bebê
Apoiada com todo carinho
Envolvida num tecido de linho
De qualquer cor de vinho.
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A noite caiu e ela adormeceu
O sonho vendeu e caiu na noite
Voltou a sorrir e ter mais coragem
Comprou vida, comprou passagem.
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