"Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
esperando a resposta ao que chamo de amor".

domingo, 29 de novembro de 2009

Expresso

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

(Clarice Lispector )

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Esta frase cabe certeira em mim. Hoje estou assim. Estado de espírito. Quanto pesa? Qual o valor de um peso? É ou está demasiado cansativo? Acostuma-se com o peso? Necessita-se de peso? Vive-se o peso? Amor? Obsessão? Tristeza? Ferida aberta? Solidão incurável ou falta de coragem para dizer? Compartilhamento. Cativeiro proposital. Liberdade requisitada. A falta que deixou de existir nos passos. Pensamentos em cadências. Sorrisos desfeitos, memorizados. Olhar triste que toca (maravilhosamente) as teclas...

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4 comentários:

Simplesmente Outono disse...

Obrigada sempre por tanta gentileza.
Com carinho deste Outono.

ítalo puccini disse...

clarice sempre nos provoca isto.

bom passar por aqui.

abraço.

Guga Pitanga disse...

Espero que esse olhar deixe de ser triste em breve!
Abço,
Pitango

Marcelo disse...

Gis, ás vezes não entendo esse peso interno...pq agente não consegue po - lo num saco e jogá lo fora...enquanto o peso peso dá uma exaustão pelo peso que logo se alivia no descanso e o peso incomensurável quanto mais descansamos mais ele pesa,....

bjs