"Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
esperando a resposta ao que chamo de amor".

domingo, 16 de março de 2008

Cotidiano

"É comum vermos cenas como esta.
Cada pessoa pensa em si e fala que está fazendo bem ao próximo.
Só se for o próximo dente ou pinta, pra não dizer outra coisa."
Sentadinha no sofá ela se espreguiça in-tei-ra e fecha o livro.
Pergunta que horas são e vai dormir.
Não sem antes dar um beijo em seu gato, um siamês gordo e chato.
Chato no sentido de chato mesmo...Ô gato pra dar trabalho!!!!
Deita com três edredons e sua de calor mas não tira nenhum! Deve ser a pressão psicológica que está em alta...
Sua de calor...Seria somente sua? Sua do verbo suar. Sei lá, deixa pra lá.
Ela sempre tem sonhos esdrúxulos e desmaia na madrugada.
Nem sei como ela acorda, mas acorda. Afinal, ela está viva e bem viva.
Deu um pulo e já estava no banheiro, vomitando horrores!!!
Sentou na cama e pensou em ler mais um pouco mas o livro que era verde agora está vermelho.
Não pergunte como, mas estava de outra cor.
Pensou que estivesse em pleno sonho mas não se atreveu a pensar em mais nada.
Afinal, sua loucura era evidente, se não ela já teria saído dali e ido ao primeiro baile que encontrasse funcionando aquela hora.
Mudou completamente graças a uma visão que teve e a sua vida deu um giro tão grande que a fez despencar. Feito banana podre.
Nem deu a hora e ela acordou. Tomou banho, café e remédio.
.
E nunca mais foi vista porque seu médico errou o medicamento.

11 comentários:

Rubens da Cunha disse...

adoro esses finais irônicos...
abraços
Rubens

Anônimo disse...

UUUUUUUU.,., akakaka.,., que coisa doida isso.,., a comparação com a banana podre foi a melhor.,., akakaka.,., beijo.,.,

Si disse...

Moça, que cotidiano mais insano. Às vezes, é a melhor saída para essa realidade tão atroz.

ADOREI!!!

Beijos.

Anônimo disse...

cotidiano e erros comuns, menos o médico. beijo

Renata Silva disse...

Meu médico bem que podia errar meu remédio tb...

Anônimo disse...

com dias que seguem a disputa como o fim na luta, a briga é contra o consumo que já está dentro de cada um. é papo de revolução sabe?não?nem eu,pois é minha luta comigo mesmo é todo dia e sempre para o que o sempre lá na frente seja fortalecido.bom texto,beijo,pererê www.verbologue.zip.net

Guga Pitanga disse...

Pobre dela!

Abço,

http://lenfantdeboheme.blogspot.com/

Marcelo disse...

Deu saudades do meu gato-chato.
Mas que bicho pra dar trabalho como gatos, não? Pelamor...
Mas gosto do seu jeito "mistyerioso" e daquele olhar blazê.

Smack!

Anonimo disse...

Gostei muito do texto, da métrica, é sifrado e enigmático, irônico.

Beijos e bom findi.

ítalo puccini disse...

massa, massa mesmo!
gostei muito de ler este :)

parabéns!

Í.ta**

Adriádene disse...

Gostei, especialmente do final!!!! Beijos!!!